Atualizada: 06 de Janeiro/2021
Fonte: G1
A Unicamp preparou um esquema especial para aplicar as provas da 1ª fase do vestibular 2021, nesta quarta e quinta-feira (7), e atender às regras de biossegurança contra o novo coronavírus. Durante entrevista ao G1, o diretor da comissão organizadora (Comvest), José Alves de Freitas Neto, destaca que haverá uso recorde de salas para as avaliações e foram feitas compras de 2 mil litros de álcool em gel e de 25 mil máscaras de proteção para os fiscais e profissionais de apoio na aplicação do exame.
A universidade estadual oferece 3.237 vagas em 69 cursos de graduação e contabiliza 77,6 mil inscritos, incluindo recorde de estudantes oriundos da rede pública. A instituição de ensino também faz um apelo para que os cursinhos não promovam atividades com aglomerações nas portas das escolas e orienta os candidatos a evitar "torcida" presencial de pais e amigos, por exemplo.
Nos dois dias as provas começam às 13h e os portões serão abertos com uma hora de antecedência. A orientação é para que estudantes com suspeita de Covid-19 não saiam de casa para fazer a prova.
De acordo com Freitas Neto, a 1ª fase será aplicada em 3.381 salas distribuídas entre 62 escolas. O total representa aumento de 125% no comparativo com as 1.502 usadas na edição anterior, quando os candidatos foram distribuídos em 58 unidades de ensino. O objetivo é evitar aglomeração e o espaçamento entre cada participante será de pelo menos 1,5 metro, dentro e fora das salas.
"Estamos trabalhando com o bom senso das pessoas e pedindo aos cursinhos que evitem qualquer atividade na entrada das escolas. As equipes da Comvest estão orientadas a agir para evitar qualquer aglomeração", ressalta Freitas Neto ao mencionar que a limpeza das salas, corredores e banheiros das unidades será intensificada entre os dois dias.
Antes disso, o maior número de salas usadas pela Unicamp durante um vestibular foi em 2018, quando cerca de 1,7 mil foram organizadas para receber quase 84 mil candidatos.
Na edição 2021 atuam 3 mil profissionais, que devem trocar as máscaras faciais a cada duas horas. A Comvest também prevê uso de termômetros em municípios onde houver obrigatoriedade.
"Não haverá a aferição compulsória. Em exames onde houve aferição na entrada do prédio houve aglomeração e nosso intuito é evitar", avalia o diretor. Segundo a comissão, o equipamento pode ser usado caso necessário, se eventualmente algum candidato apresentar condição de saúde suspeita.
Freitas Neto ressalta que será mantido o uso da tecnologia capaz de identificar sinais de celular e radiofrequência para evitar "colas eletrônicas" durante o processo seletivo. A Comvest destaca ainda que o candidato pode ser desclassificado caso desrespeite ou tenha algum comportamento inadequado em relação às orientações sanitárias e de segurança do processo seletivo.
"Houve um aumento no custeio da prova, como aluguéis, alimentação e remuneração das equipes. Mas ainda não temos o custo final, pois esse cálculo engloba as duas fases e período de correção", explica o diretor da Comvest, sem indicar também estimativa.
Em virtude da pandemia, a Unicamp dividiu a logística em dois dias para reduzir o risco de transmissão da doença. Além disso, foi definida redução na quantidade de questões testes - de 90 para 72, com tempo máximo de quatro horas, ao invés das cinco estipuladas em anos anteriores. Para cada dia de aplicação haverá um exame único para os estudantes, conforme a seguinte distribuição:
As questões serão as as seguintes:
A lista de livros obrigatórios também foi alterada e passou de 12 para sete, com objetivo de garantir que os candidatos pudessem acessar todos os títulos em meio à crise sanitária para estudar.
Lista de obras literárias
Foram excluídas desta edição as seguintes obras literárias: A teus pés; O seminário dos ratos; História do cerco de Lisboa; Quarto de despejo; A cabra vadia.
As provas ocorrem em 37 cidades, entre elas, 32 de São Paulo e cinco capitais de outros estados.
São Paulo
Outros estados
Neste ano, os dez cursos mais procurados pelos candidatos são: medicina, arquitetura e urbanismo; ciências biológicas; comunicação social-midialogia; ciência da computação; engenharia da computação; farmácia; história; ciências econômicas e enfermagem.
O total de vagas nesta edição inclui as 639 oportunidades que estavam previstas inicialmente no edital Enem-Unicamp, que deixou de ser oferecido para ingresso no próximo ano por causa do "calendário incompatível" com o cronograma definido pelo Ministério da Educação (MEC).
Fonte: G1
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